“La Fúria” ou “A Fúria Vermelha” é como a seleção espanhola é conhecida mundo afora. Organizada pela Real Federação Espanhola de Futebol, é uma das confederações fundadoras da FIFA e um dos países com mais participações em Copas do Mundo (14, incluindo 2014). Apesar de sempre possuir grandes jogadores, até os início do século XXI, os títulos de expressão da Espanha se resumiam à Eurocopa de 1964, contra União Soviética e às Olimpíadas de 1992, contra a Polônia.
A história começou a mudar quando o técnico Luís Aragonés levou a seleção à conquista de sua segunda Eurocopa, em 2008. Vicente Del Bosque deu sequência ao trabalho e junto aos seus comandados, em 2010, trouxe da África do Sul, a primeira Copa do Mundo para a Espanha. O gol do título saiu dos pés de Iniesta, na prorrogação, depois de empate sem gols contra a Holanda no tempo normal. A hegemonia espanhola ficou completa com a Euro 2012, após goleada sobre a Itália por 4×0, na final. Jamais uma seleção havia ganhado duas Eurocopas consecutivas. Somados os jogos dos últimos três títulos foram 15 vitórias, três empates e apenas uma derrota. A geração que ficou marcada pelo toque de bola, fez 32 gols e sofreu apenas seis, sendo que o goleiro e capitão Casillas permaneceu invicto os dez jogos de mata-mata.
A alcunha de “A Fúria Vermelha” deve-se à gana e vontade da seleção espanhola, bem como pela cor principal de seu uniforme de origem. Durante a Guerra Civil que deflagrou no país entre os anos de 1936 e 1939, a Espanha trocou o vermelho pelo branco e passou a usar em sua camisa o símbolo franquista, em menção ao general Francisco Franco. Quando o ditador assumiu o poder, a seleção adotou o azul do fascismo. Somente em 1947, o vermelho voltaria a estampar o uniforme da “Fúria” e passaria a ganhar detalhes amarelos e/ou azuis. Já a camisa reserva costuma variar bastante, ora azul, ora branca, ora amarela.
